Sobre esta Terra, a vida de cada ser humano pode ser compreendida por um conjunto de hábitos e comportamentos; sejam eles movidos por afinidade e/ou necessidade, inseridos em um amplo contexto: trabalho, lazer, família, dentre outras esferas. Assim como todas as decisões recorrentes que tomamos no dia a dia, os hábitos alimentares também constituem e refletem a relação com o Eu e o mundo.
Muitas vezes, por estarmos imersos em diversas atividades não percebemos com o devido valor e profundidade os alimentos e sua função mais elementar: nutrir. Nutrir não somente o corpo, mas também a mente para equilibrar todas as funções vitais, emoções e pensamentos.
No decorrer da minha caminhada profissional percebi como nutricionista que, em um panorama geral, a sociedade gaúcha não se aprofundou culturalmente no ensino e conscientização de hábitos alimentares. Apesar das abundantes extensões de terra e experiência de décadas no cultivo agrícola e na pecuária, a mentalidade orientada à quantidade pouco a pouco “engoliu” uma potencial compreensão apurada e sadia do(a) gaúcho(a). A Vida, que pode e deve ser saboreada da melhor forma a cada segundo, perdeu nutrientes e tempero para uma visão limitada do mundo. No desejo e expectativa de pertencer e sentir-se contemplado, o indivíduo desprendeu-se daquilo que mais lhe representa e diz respeito: sua própria natureza.
Desde o início da carreira até o presente momento, da graduação à bagagem acumulada em diversos órgãos públicos e privados, constatei esse cenário. O diagnóstico inicial foi ao mesmo tempo uma rasteira e um enorme estímulo para que eu buscasse diversas formações complementares. Tanto o mestrado em Saúde Coletiva quanto às respectivas formações em coaching, programação neurolinguística (PNL), constelações, psicossomática e mindfulness aconteceram na intenção e anseio de realmente proporcionar em meus atendimentos um novo olhar e percurso de vida e saúde aos pacientes.
Na contramão do pensamento restrito da indústria alimentícia, atuar de modo integrado e sistêmico tornou-se um verdadeiro propósito e missão. Acredito que as transformações positivas acontecem majoritariamente quando há dedicação, empatia e um estreitamento de vínculos. Por isso, assumi o empenho de caminhar ao lado das pessoas e, na medida do possível, espalhar esta abordagem terapêutica ao mundo. Dentre todas as coisas, compreendi que o importante é contribuir para que as pessoas tenham a oportunidade de viver em equilíbrio, desfrutando plenamente suas vidas sobre esta Terra.
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